sexta-feira, 31 de julho de 2009

Que livro é você?

 

Vi o post da minha amiga no Planeta da Blogueira, e claro ... fui correndo lá no site fazer o teste para ver que livro eu sou, ou com que livro me pareço, enfim, o resultado foi este ... no mínimo super interessante.

"O vampiro de Curitiba", de Dalton Trevisan

vampiro01

Descolado, objetivo e realista. Cult. Você deve se sentir mais à vontade longe de shoppings, da TV e de qualquer coisa que grite “cultura de massa”. Nada de meias palavras: a elas, você prefere o silêncio. Você não vê o mundo através de lentes cor-de-rosa, muito pelo contrário. Procura ver o mundo como ele é, entendê-lo, senti-lo. Às vezes, bate até aquele sentimento de exclusão, ou de solidão. Mas é o preço que se paga por ser um pouco "marginal". Não se preocupe, pois você atrai a admiração de pessoas como você: modernas no melhor sentido da palavra.
Em "O vampiro de Curitiba" (1965), Nelsinho protagoniza uma variedade de contos, nos quais ele busca satisfazer sua obsessão sexual vagando pelas ruas de Curitiba - paralelamente, esta cidade de contrastes se revela ao leitor. A temática e a forma já denunciam: este não é um livro para qualquer um. Tem que ter cabeça aberta para enfrentar a linguagem nua e crua de Trevisan, que é reverenciado pelo leitor capaz de driblar velhos ranços burgueses.

Quem quiser fazer o teste, clique aqui.

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje…

Alice no País das Maravilhas

Quem, como eu, quando criança curtiu a produção memorável de Walt Disney [animação e álbum de figurinhas] , deve estar ansioso por esta versão do século XXI. É aguardar para conferir.

Alice in Wonderland . Alice no País das Maravilhas

Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Woolverton
Elenco: Mia Wasikowska [Alice], Alan Rickman [Lagarta], Helena Bonham Carter [Rainha Vermelha], Christopher Lee, Johnny Depp [Chapeleiro Maluco], Anne Hathaway [Rainha Branca], Michael Sheen, Crispin Glover [Valete de Copas], Eleanor Tomlinson [Fiona Chataway], Matt Lucas
Sinopse: Ao seguir um coelho branco, uma garota chamada Alice cai dentro de um buraco que a leva para o País das Maravilhas, um lugar povoado por seres mágicos e dominado pela Rainha de Copas.
Estréia em 5/3/2010 nos USA e em 16/4/2010 no Brasil.

Para lembrar o longa de animação de Disney . Alice aos 07 anos de idade

Alice 09

Alice 08 Alice 10


Agora na versão de Burton . Alice aos 17 anos de idade

Alice 01 Alice 04

Alice 02
















Animação Original em Longa Metragem




Alice in Wondeland . Tim Burton




Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Pedaços de Mim


Escrevendo sou realista
Sei que me exponho a comentários
Mas de que vale a prosa senão o verso?
E em vão as bocas ruminam

Falo de amor e de rimas desmedidas
Escrevo sobre máscaras e o tempo
Sobre fotos e meu cabelo ao vento
E ouço críticas ao relento

Todos os relógios deveriam ser de ouro
Com os minutos em pedras preciosas
Os ponteiros do mais puro marfim
Para que valorizassem o dia nosso de cada dia
Quando jovens tentamos ansiosamente
Adiantar os pequenos e indefesos ponteiros
Na maturidade paramos inutilmente de dar corda
Como se o sentido do prosseguir fosse mudar

E para continuar a cada dia, tentar finalizar
Escrevo pedaços de mim, até dois
Para que no futuro me lembre de Quintana
Ao me pedirem pra falar um pouco sobre mim.

Heider Moutin

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Filosofando . Sartre por ele mesmo . Parte II

*Série . Filosofia*
Sartre por ele mesmo . Entrevista . 06 partes
Parte 02





Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Humor

Novo e sensacional lançamento . CAMISETA TABAJARA . compre a sua . vista e VEEENHAAA!!! hihihi . mas preste atenção:

PROPAGANDA ENGANOSA É CRIME! e eu denuncio ao PROCON.

Pronto!!! falei!!!

camiseta tabajara

contribuição via e-mail by Wanderley Elian

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje…

A maturidade


E não será a maturidade, a coragem de viver sucessivas aprendizagens que não nos podem destruir?

Nélida Piñon . em entrevista a Edla Van Steen

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Gay Cult

David Gandy - Dolce and Gabbana Underwear




Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Humor em dose dupla

Nova palavra foi acrescida ao Dicionário  LULAR

Essa nova palavra foi acrescentada aos dicionários nesta reforma ortográfica. Não chega a ser sinônimo de “malufar”, é um conceito mais abrangente.
Lular. [Do analfabeto Lula]: Verbo totalmente irregular de estranha conjugação. 1. Ocultar ou encobrir com astúcia e safadeza; disfarçar com a maior cara de pau e cinismo. 2. Não dar a perceber, apesar de ululantes e genuínas evidências; calar. 3. Fingir, simular inocência angelical. 4. Usar de dissimulação; proceder com fingimento, hipocrisia. 5. Ocultar-se, esconder-se, fugir da responsa. 6. Tirar o cu da reta, atingindo sempre o amigo mais próximo, sem dó nem piedade (antes ele do que eu). 7. Encobrir, disfarçar, negar sem olhar para as câmeras e nos olhos das pessoas. 8.Fraudar, iludir 9. Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, acreditar que os fins justificam os meios. 10. Voar com dinheiro alheio.
 

lular clique na imagem para ampliar

 blog tô atoa

 

Dúvidas sobre o Papa

Listei algumas, das muitas dúvidas que tenho, acerca do dia-a-dia do Papa. Como eu o entrevistaria.

- Quando toma banho, brinca de helicóptero com o bilau?
- Faz elefantinho?
- Quem lhe aplica o exame de toque, é um padre?
- Já leu a Bíblia de trás pra frente?
- Nunca tocou umazinha?
- Ora até mesmo quando está no “trono sagrado”?
- Vai dizer que nunca curtiu um Rock n’ Roll?
- Seus sonhos são todos com anjinhos, ou já sonhou com alguma mulher pelada? (Te peguei, hein?!)
- Como faz pra coçar o saco?
- Você usa cueca?

papa

Bom, pelo menos as duas últimas perguntas têm resposta.

Se alguém achar o post blasfêmico, devo dizer que este, é um blog bem humorado, e não de oração e salvação.

Afinal, o papa é pop.

blog etcsa

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje…

É isso


O que me surpreende da primeira vez, não me surpreenderá na décima vez.

Richard Precht . Quem sou eu?

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Que música estava tocando quando voce nasceu?

100musicas

Recebi esta dica, por e-mail, de uma grande amiga, e achei muito legal a idéia e todo o trabalho em si. O site reúne músicas desde 1904 até 2008/2009 com as 100 músicas mais tocadas por ano, e ainda leva você para conferir o clipe no youtube. Genial mesmo, uma preciosidade.

Vale a pena conferir em: Blog do Beto

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje…

A Razão do meu Afeto . o filme


*Série . Cinema*
temática gls . sensibilidade pura
A Razão do meu Afeto
Direção: Nicholas Hytner
Ano: 1998
País: Estados Unidos
Gênero: Comédia, Romance, Drama
Título Original: The Object of my Affection
Elenco: Jennifer Aniston, Paul Rudd, Alan Alda, Nigel Hawthorne, John Pankow, Tim Daly, Joan Coleland, Alisson Janney, Lian Aiken, Gabriel Macht
Sinopse: Uma assistente social conhece em jantar um gay, que acabou de ser dispensado pelo namorado. Assim ele vai morar na casa dela, dividindo as despesas. É uma situação estranha, pois ela tem um namorado que, apesar de tudo, aceita a situação. Gradativamente ela fica cada vez mais com seu novo amigo. Quando descobre que está grávida do namorado, quer neste momento a presença do amigo, por quem está ficando apaixonada.




Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Perguntas


Não se deixe intimidar com perguntas; simplesmente tenha calma.

Ludwig Wittgenstein . Cadernos

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

No stress ...

mais bonitinho impossível ... nhaaaaaaaaaaaa ...



Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

Religião uma Invenção Humana


Estes dois textos são do Filósofo e Jornalista da Folha . Hélio Schwartsman, e mostram de uma maneira lúcida e inteligente, a relação entre Religiões e o Homem. Com toda certeza polêmicos e contrariam o pensar e o sentir de uma grande maioria, mas a sua criticidade e sua racionalidade são inegáveis. Assino em baixo este pensar.

Deus e o Jardim das Delícias

Já que a comparação que fiz entre missas e comportamentos histéricos em minha coluna da semana passada irritou bastante gente, proponho hoje desenvolver um pouco mais o tema.
Convenhamos que religião e nosso conhecimento do mundo não andam exatamente de braços dados. De um modo geral, virgens não costumam dar à luz (especialmente não antes do desenvolvimento de técnicas como a fertilização "in vitro") e pessoas não saem por aí ressuscitando. Em contextos normais, um homem que veste saias e proclama transformar pão em bife sempre que dá uma espécie de passe seria prudentemente internado numa instituição psiquiátrica. E não me venham dizer que a transubstanciação é apenas um simbolismo. Por afirmar algo parecido --a "impanatio"--, o teólogo cristão Berengar de Tours (c. 999-1088) foi preso a mando da Igreja e provavelmente torturado até abjurar sua teoria. Ele ainda teve mais sorte que o clérigo John Frith, que foi queimado vivo em 1533 por recusar-se a acatar a literalidade da transformação.
Quando se trata de religião, aceitamos como normais essas e muitas outras violações à ordem natural do planeta e à lógica. A pergunta que não quer calar é: por quê?
Ou bem Deus existe e espera de nós atitudes exóticas como comer o corpo de seu filho unigênito ou o problema está em nós, mais especificamente em nossos cérebros, que fazem coisas estranhas quando operam no modo religioso. Fico com a segunda hipótese. Antes de desenvolvê-la, porém, acho oportuno lembrar que a própria pluralidade de tabus ritualísticos depõe contra a noção de Verdade religiosa.
Se existe mesmo um Deus monoteísta, o que ele quer de nós? Que guardemos o sábado, como asseguram judeus e adventistas; que amemos ao próximo, como asseveram alguns cristãos; que nos abstenhamos da carne de porco, como garantem os muçulmanos e de novo os judeus; ou que não façamos nada de especial e apenas aguardemos o Juízo Final para saber quem são os predestinados, como propõe outra porção dos cristãos?
Talvez devamos eliminar os intermediários e extrair a Verdade diretamente nos livros sagrados. Bem, o Deuteronômio 13:7-11 nos manda assassinar qualquer parente que adore outro deus que não Iahweh; já 2 Reis 2:23-24 ensina que a punição justa a quem zomba de carecas é a morte. Mesmo o doce Jesus, fundador de uma religião supostamente amorosa, em João 15:6, promete o fogo para quem não "permanecer em mim".
E tudo isso em troca do quê? A Bíblia é relativamente econômica na descrição do Paraíso, mas o nobre Corão traz os detalhes. Lá já não precisamos perder tempo com orações e preces, poderemos beber o vinho que era proibido na terra (Suras 83:25 e 47:15), fartar-nos com a carne de porco (52:22) e deliciar-nos com virgens (44:54 e 55:70) e "mancebos eternamente jovens" (56:17). O Jardim das Delícias parece oferecer distrações para todos os gostos, mas, se banquetes, prostíbulos e saunas gays já existem na terra, por que esperar tanto... --poderia perguntar-se um hedonista empedernido.
Volumes e mais volumes podem ser escritos para apontar as incoerências e desatinos dos chamados textos sagrados. Se acreditamos que um Deus pessoal chancelou ou ditou cada uma dessas obras, temos, na melhor das hipóteses, um Ser Supremo com transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como personalidade múltipla. Espero que, no fim dos tempos Ele esteja judeu de novo. Tenho um primo que faria bom uso do Paraíso...
Voltando às coisas sérias, uma possibilidade mais plausível é que o chamado cérebro espiritual, os módulos neuronais que criam e processam idéias religiosas, seja menos permeável aos circuitos lógicos. Quem faz uma interessante análise do problema é o médico e geneticista americano David Comings em seu monumental "Did man create God?", uma ampla revisão de quase 700 páginas em que o autor esmiúça o caso de Deus sob todas as vertentes da ciência, em especial a neurologia.
Para ele, ao contrário do mais provocativo Richard Dawkins, a religião dá prazer, foi fundamental na evolução de nossa espécie e só será extinta quando o último homem morrer. Mais importante, Comings acredita que os cérebros racional e espiritual, embora funcionem de modo independente um do outro, podem de algum modo ser conciliados no que o autor chama de "espiritualidade racional". Cuidado aqui, o espiritual é uma esfera que abarca a religião, mas é mais ampla do que ela. Inclui outras tentativas de tocar a transcendência.
Num resumo algo grosseiro da mensagem central de Comings, só o que precisaríamos fazer é admitir que foi o homem que criou a idéia de Deus e escreveu os livros supostamente sagrados. Assim, nenhuma religião é verdadeiramente "a Verdadeira" ou intrinsecamente superior às concorrentes. Já não é necessário que guerreemos para descobrir se é o Deus cristão ou muçulmano que está certo. No limite, entregamos Deus para conservar uma espiritualidade menos belicosa, que nos permita a experimentar a transcendência a baixo custo.
É uma proposta engenhosa, mas, receio, muito difícil, quase impraticável. O monoteísmo já traz em germe a idéia de que existe um único caminho para a salvação e todo os que não o seguem estão condenados. Embora a maioria das pessoas consiga enxergar e valorizar as semelhanças entre os Deuses das várias religiões, sempre emergirão grupos mais intolerantes que exigirão o exclusivismo. Por paradoxal que pareça, não se os pode acusar de irracionais. Eles apenas levam realmente a sério o que está escrito. Numa abordagem puramente lógica, o Deus dos católicos e o de Calvino, por exemplo, não podem estar certos ao mesmo tempo. O conflito é uma decorrência do cérebro racional processando uma idéia espiritual.
É claro que podemos e devemos incentivar posições pró-tolerância como a de Comings. Os níveis de guerras religiosas variaram ao longo das épocas, num processo que certamente tem algo a ver com o modo mais ou menos pluralista utilizado pelos clérigos em suas prédicas. Não devemos, contudo, ser ingênuos a ponto de imaginar que o conflito possa ser extinto. O mundo é um lugar cheio de problemas.
De minha parte, embora ímpio contumaz, também acredito em transcendência. Para mim, ela está em atividades biologicamente inúteis às quais nos dedicamos e atribuímos valor, como literatura, música, pintura, filosofia e, por que não?, teologia. Elas podem ser extremamente prazerosas e, no limite, preencher nossas vidas com um significado que a natureza apenas não lhes dá. Mas não é porque a literatura nos leva à transcendência que devemos achar que Aquiles ou Brás Cubas existem.

Fonte: Folha de São Paulo . edição de 16/07/2009

Enquadrando Deus

Não, nunca fui submetido a abusos por parte de padres nem tive namorada que me trocou pelos Hare Krishna. Nasci e fui criado sem nenhuma religião --a qual nunca me fez falta. Embora eu tenha ascendência judaica --o que me torna um quase paradoxal caso de judeu ateu--, jamais ter frequentado a sinagoga não fez de mim um assassino ou estuprador.
As relações que travei com gente religiosa no curso da vida foram no geral muito boas. Tenho grande estima por muitas dessas pessoas.
Espero, com essas declarações, descartar as elucubrações daqueles leitores que atribuíram o caráter levemente ateu de minha coluna da semana passada a um trauma religioso ou algo parecido. Aproveito o ensejo para desculpar-me por não ter respondido a todos os e-mails que recebi, como exigiria a boa educação. O volume de mensagens gerado, entretanto, tornava a tarefa quase impossível. Pretendo hoje, no atacado, fazer o que não consegui no varejo.
Antes, porém, mais uma preliminar: não pretendi ofender ninguém com as passagens mais jocosas do texto anterior. Pessoas, de todos os credos e cores, têm o meu respeito, mas só as pessoas, não seus pensamentos. Uma idéia tola é tola não importa quem a tenha proferido. Num passado não tão longínquo, a noção de que pecadores deveriam ser queimados vivos para "salvar" suas "almas imortais" pareceu respeitável a boa parte da humanidade. Felizmente, a tese foi contestada e as ações que provocou são hoje contadas como mais um crime das religiões. Temos, portanto, excelentes motivos para questionar todas as teorias, doutrinas e sistemas que se nos apresentam. Nenhum idéia é sagrada demais para ficar ao abrigo do escrutínio da razão.
E isso nos leva a uma das questões levantadas pelo leitorado: é impossível provar que Deus não existe, de modo que o ateísmo não passa, como as religiões, de uma crença. Reconheço que não conseguimos demonstrar para além de qualquer dúvida seja a existência ou a inexistência de um ente supremo. Mas podemos levar a sérios as teses dos teólogos e, tomando-as como hipóteses científicas, estimar sua probabilidade ou pelo menos verossimilhança.
Bem, quais são as chances de uma pessoa nascer sem que sua mãe tenha mantido relações sexuais? Não são zero, mas são relativamente baixas. Ressurreição? Ainda menores. E quanto à união hipostática, isto é, um indivíduo ter ao mesmo tempo natureza humana e divina, ou, colocando em outros termos, ser simultaneamente ele mesmo e também seu pai? Supondo que isso faça algum sentido, acho que é melhor nem tentar calcular.
Passemos à escatologia. O catecismo 1.052 da Igreja Católica ensina que no dia da ressurreição as almas das pessoas mortas "na Graça de Cristo" serão novamente unidas a seus corpos. Não sou um patologista, mas parecem-me remotas as chances de reutilizar corpos mortos às vezes milhares de anos atrás. Pelo que sabemos, os átomos que compunham essas carcaças já terão se espalhado pela Terra e talvez até escapado de nossa atmosfera e viajado por onde nenhum homem jamais esteve. E o que pensar da reencarnação defendida por espíritas, hinduístas e budistas? Uma parte de nós (alma) que nem sequer é parte, porque não tem matéria, voa por aí penetrando corpos e definindo a essência de seres humanos e às vezes também de outros animais e vegetais antes mesmo de eles nascerem? Que tipo de informação pode o imaterial carregar?
Receio que nenhuma dessas idéias pare em pé senão como manifestações do tal cérebro espiritual ao qual aludi na semana passada.
Alguns leitores me perguntaram porque sempre falo de religião. Já que não creio em Deus, dizem, eu deveria calar sobre o assunto. Minhas reiteradas recaídas no tema indicariam uma vontade secreta de converter-me. "Non sequitur". Meu interesse pela matéria tem caráter sobretudo científico-antropológico. A religião é um fenômeno interessantíssimo. É a única matriz de pensamentos que leva pessoas inteligentes e normalmente racionais a agir como crianças à espera de Papai Noel na noite de 24 de dezembro. E acrescento que as chances de haver um velhote que se veste de vermelho e distribui presentes a bordo de um trenó puxado por renas voadoras parecem significativamente maiores do que as de existir uma inteligência infinita que criou o Universo e se interessa pelo destino individual de cada um dos 7 bilhões de terrestres, aos quais conhece desde criancinhas e de quem exige que não trabalhem aos sábados.
De minha parte, não tenho a pretensão nem o desejo de convencer ninguém a abandonar o seio de sua religião. Imagino que muitos estejam perfeitamente felizes onde estão. Tampouco considero todos os fiéis imbecis apenas por acreditarem. Podem até sê-lo, mas por outras razões. Ao que tudo indica, a fé religiosa tem base neurológica. Ela faria parte de uma rede de ativações neuronais que é independente das conexões do cérebro racional. Pedir para a alguém que abandone suas convicções religiosas ou espirituais não faria muito sentido. "Mutatis mutandis", seria como cobrar de uma pessoa que não sinta emoções como raiva, nojo etc. É algo que não está em seu poder fazer.
Poder-se-ia ver aí mais um argumento para eu desistir de vez de falar de religião. Ocorre que os cérebros racional e espiritual, embora independentes, podem relacionar-se. Eles, afinal, fazem parte da mesma massa encefálica. A razão por si só não vai me fazer parar de sentir medo, mas pode perfeitamente contribuir para modular esse tipo de sensação. Não vamos deixar de temer tudo, mas, com o recurso a terapias de extinção de fobia ou mesmo a drogas, podemos nos livrar de certos medos irracionais.
De modo análogo, o exame crítico das religiões pode servir para que as pessoas percebam que sua espiritualidade é algo mais genérico do que os rituais e condicionamentos de uma determinada igreja. Embora a busca pela transcendência esteja se expressando numa religião em particular, as especificidades deste ou daquele credo não são tão importantes. Pode parecer meio bobo até, mas é um ponto fundamental para que se construa uma religiosidade mais tolerante.
Não devemos, é claro, nutrir ilusões. Homens sempre se mataram e provavelmente sempre se matarão. Se não for pelo Deus para o qual se reza, será pela cor da pele, pelas idéias políticas ou sabe-se lá o quê. Mas mesmo essa tendência irrefreável à barbárie pode ser modulada pela razão. A humanidade é hoje menos violenta do que foi no passado. Quanto menos pretextos tivermos para assassinar o próximo, melhor.

Fonte: Folha de São Paulo . edição de 23/07/2009

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

Culto às Palavras


Passar da fase de estar consciente à de escrever requer um papel sempre à mão, e uma interrupção voluntária da vida quotidiana... * ... só sinto consolação no ato de escrever – o fio de luz por onde me escapo às linhas tecidas sobre mim... A estas partes ligadas, sempre em deslocação, chamo a escrita...

Maria Gabriela Llansol . Um Falcão no Punho


... o coração da linguagem.
O culto da palavra. ... um ano para ser memória numa taça de vento.
... tatuagem perfeita sobre a janela do tempo.
Ela, a verdade infinita.

Isabel Mendes Ferreira


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

domingo, 26 de julho de 2009

Humor

Bacalhau

baca

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Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje…

Eu não queria que fosse assim


"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"

Caio Fernando Abreu

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

sábado, 25 de julho de 2009

As Vacas e os Regimes Políticos


Comunismo (idealizado): você tem duas vacas. Os seus vizinhos o ajudam a cuidar das vacas e todos compartilham o leite.


Comunismo: você tem duas vacas. Você cuida das vacas, mas todo o leite fica com o governo.

Socialismo: Você tem duas vacas. O governo as tira de você e as coloca num curral, juntamente com as vacas de todo mundo. Você tem que cuidar de todas as vacas. O governo lhe dá um copo de leite.

Socialismo utópico: Você tem duas vacas. Espontaneamente você cede uma delas ao seu vizinho que não tem nenhuma e todos são felizes.

Marxismo: Você tem duas vacas. Porém, para reduzir a exploração do proletariado, é necessário que o povo conspire uma revolução para convencê-lo que você não precisa de duas vacas.

Comunismo Russo: Você tem duas vacas. Você tem que cuidar delas, mas o governo fica com o leite todo. Você rouba o máximo possível do leite e o vende no mercado negro.

Comunismo Cambojano: Você tem duas vacas. O governo pega as duas e fuzila você, acusando-o de ser um capitalista criminoso centralizador dos recursos de produção da Nação e fomentando a fome de seu Povo.

Comunismo Rosa (desbotado): Você tem duas vacas. Você é um capitalista.

New Deal: Você tem duas vacas. O governo mata uma delas, você ordenha a outra e então joga fora um pouco de leite.

Ditadura Iraquiana: Você tem duas vacas e é fuzilado por suspeita de ser instrumento do imperialismo americano com o objetivo único de contaminar todos os rebanhos do pais.

Ditadura militar: você tem duas vacas. O governo fica com as duas vacas para alimentar os corruptos que o apoiam. Tortura e depois lhe mata porque você é um subversivo perigoso.

Ditadura militar (v. 2.0): você tem duas vacas. O governo fica com as duas e prende você para averiguações.

Fascismo: você tem duas vacas. O governo toma as duas vacas, contrata você para cuidar das vacas e vende o leite a você.

Nazismo: você tem duas vacas, o governo mata você e toma as vacas.

Anarquismo: você tem duas vacas, seu vizinho mata uma e carrega a outra.

Totalitarismo: Você tem duas vacas. O governo mata você para ficar com as duas vacas, já que o preço da vaca no mercado internacional está bom.

Imperialismo: você tem duas vacas e rouba um touro.

Democracia: você tem duas vacas. Os vizinhos decidem como repartir o leite.

Democracia representativa: você tem duas vacas. Você e os seus vizinhos marcam uma eleição para escolher quem irá dizer como o leite será repartido.

Ditadura militar latino-americana: você tem duas vacas. O governo mata você, vende as vacas e manda o dinheiro para um banco suíço.

Democracia surrealista: você tem duas vacas. O governo lhe aplica uma pesada multa porque um quitinete não é lugar de criar duas vacas.

Democracia britânica: você tem duas vacas. Você aporrinha tanto as vacas que elas ficam loucas. O governo não está nem aí… A família real mantém as aparências perante a imprensa.

Democracia americana: o governo promete lhe dar duas vacas se você votar nele. Após a eleição, o presidente é acusado de especular no mercado futuro de vacas. Importante jornal descobre o que existe por trás das vacas (!) e cria um escândalo chamado Cowgate (não confundir com o dentifrício). O presidente é forçado a renunciar e as vacas contratam advogado para acionar o governo por quebra de contrato.

Democracia francesa: você tem duas vacas. O governo baixa regras sobre a forma de as alimentar e ordenhá-las. Paga um gordo subsídio para você reduzir a produção para continuar faturando e não ter de ir procurar emprego na cidade. Depois, manda você desfilar com as vacas em frente a lanchonete de gringo.

Democracia verde (politicamente correta): você tem duas vacas. O governo manda você soltá-las no pasto.

Democracia surrealista (v. 2.0): você tem duas vacas cor de rosa. Elas flutuam placidamente sobre uma relva de cores fortes. O governo? No governo só há políticos honestos e eles não estão nem aí para suas vaquinhas amarelas.

Feudalismo: Você tem duas vacas. O senhor, le Baron de La Merde-Rouge, fica com a maior parte do leite para alimentar a família dele.

Sindicalismo: Você tem duas vacas, você paga uma ao vaqueiro pelo salário combinado e a outra para o mesmo na ação que ele move contra você na justiça do trabalho.

Burocracia: Você tem duas vacas. Primeiro, o governo traça normas para determinar como você vai poder alimentá-las e quando vai poder tirar leite delas. Depois, ele lhe paga para não tirar leite delas. A seguir, ele pega as duas vacas, mata uma a tiros, tira o leite da outra e joga o leite fora. Depois, manda você preencher um formulário em cinco vias para explicar o que foi.

República de bananas: Você tem duas vacas. O governo retira-lhe as vacas e mata-o por ser contra a revolução.

Democracia na UE: Você tem duas vacas. Ao fim de algum tempo candidata-se a um fundo comunitário para comprar uma ordenha mecanizada. Gasta-o no novo modelo da BMW (também é mecanizado!!!, qual é o problema?). Se as vacas dão muito leite você pede um subsídio porque não tem onde o armazenar. Se dão pouco leite pede um subsídio porque não tem outro meio de subsistência. Além disso você pede sempre combustível agrícola para o seu BMW.

Democracia kosher israelense: Você tem duas vacas. O rabino pede para elas tirarem a língua de fora e dizerem shloshim ve shalosh. Olha para você, diz que elas não são kosher e manda queimar as duas. Você paga uma graninha, consegue salvar uma e fica rico abastecendo o Beit Chabad de Jerusalém.

Doutrina Social da Igreja: Você tem duas vacas e dá uma para a paróquia, para fornecer leite ao vigário.

Perestroika: Você tem duas vacas. Você deve tomar conta delas, mas a Máfia Russa fica com todo o leite. Você consegue desviar, ilegalmente, parte do leite para vendê-lo no mercado “livre”.

Feminismo: Você tem duas vacas. Elas se casam e adotam uma novilha.

Dadaísmo: Você tem duas girafas. O governo manda você tomar aulas de sanfona.

Autor Desconhecido

contribuição via e-mail . Luiz Fernando

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

A Solidão


"É estranho, Paulo!

Uma sensação física no peito, forte.
Parece quando você está apaixonado, só que é um pouco mais escura"

adaptado de Fernando Palma


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O Sentido da Vida




A vida como ela é e como deve ser . Emoção e Sentimento

Ilustrações do vídeo . Pablo Picasso

Música Zélia Duncan . Catedral

Texto Autor Desconhecido

Contribuição . Drica

Edição Paulo Braccini






Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Quo Vadis . o filme


*Série . Cinema*
clássico do estilo épico bíblico
Quo Vadis
Direção: Mervyn LeRoy
Ano: 1951
País: Estados Unidos
Gênero: Drama
Título Original: Quo Vadis
Elenco: Roberto Taylor, Debora Kerr, Peter Ustinov, Leo Genn, Patricia Laffan, Finlay Currie, Abraham Sofaer, Buddy Baer, Marina Berti, Felix Aylmer, Nora Swinburne
Sinopse: Após três anos em campanha, o general Marcus Vinicius retorna à Roma e encontra Lygia ), por quem se apaixona. Ela é uma cristã e não quer nenhum envolvimento com um guerreiro, mas apesar de ter sido criada como romana Lygia é a filha adotiva de um general aposentado e, teoricamente, uma refém de Roma. Marcus procura o imperador Nero para que ela lhe seja dada pelos serviços que ele fez. Lygia se ressente, mas de alguma forma se apaixona por Marcus. Enquanto isso as atrocidades de Nero são cada vez mais ultrajantes. Quando ele queima Roma e culpa os cristãos, Marcus salva Lygia e a família dela. Nero captura os todos os cristãos e os atira aos leões, mas no final Marcus, Lygia e o cristianismo prevalecerão.



Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Agora


Vivo tão intensamente o momento presente
que quase chego atrasada ao momento seguinte.

desconheço o autor

Paulo Braccini
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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Velhinho danado

Olha o “nipe” dele!

velhinhos
"Idoso charmoso, com lindos olhos meio verdes (cobertos com cataratas), loiro (só dos lados), Atlético (sou torcedor), corpo malhado (pelo Vitiligo), e sarado (das doenças que já tive).
Atendo em motéis, residências, elevadores panorâmicos, etc...Só não atendo em 'drive-in' por causa das dores na coluna. Meço pressão, aplico injeções e troco fraldas geriátricas, tudo com o maior charme. Atendo no atacado e no varejo. Traga suas amigas. Maiores de sessenta e cinco, por força de lei, não pagam, mas só terão direito à horário recomendável para a saúde.
Serão concedidos descontos para grupos: quanto mais nova, maior o desconto.
Na cama, dou sempre 03 ...03 opções sexuais para a parceira: mole, dobrado ou enroladinho....
Como fetiche, posso usar touca de lã, pantufas e cachecóis coloridos.
Outra GRAAAAAAANDE vantagem: Já tenho 'Parkinson' o que ajuda muito nas preliminares...
Total discreção, pois o 'Alzheimer' me faz esquecer tudo que fiz na noite anterior".

hihihihihihi …

contribuição via e-mail . Dorival Gobete

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje…

Filosofando . Sartre por ele mesmo . Parte I

*Série . Filosofia*
Sartre por ele mesmo . Entrevista . 06 partes
Parte 01



Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Viagem



E apesar de toda a velocidade,
o sol acompanha o meu rosto através da janela,
feito uma pipa alta, amarrada pela esperança.

desconheço o autor





Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

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